quinta-feira, 21 de junho de 2007
Folha Nua
Folha Nua
A matéria prima
Da minha poesia
Sempre foi a folha nua
Basta-me fitá-la
E ela afoita me encara
Mirando no fundo dos olhos de minh`alma
Desafia o poeta que em mim habita
Para um mortal duelo
Entre eu e ela
A folha nua
E minha pena
Do combate não me esquivo
Na verdade tornou-se um vício
O qual nunca renego
Transbordo inevitável tudo o que sinto
Dedilhando minha lira ardente
A mim mesmo encanto
Ah! Folha alva nua
Que indecente me encara!
Se estás desnuda de palavras
Vejo a ti despida
Lânguida e devassa
A suplicar minha companhia
Em tua cama vazia
O espaço branco que me atenta
Onde deito meus versos
E componho poesia ambígua
Sem sentido
Fazendo Amor contigo
Rob Azevedo
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