sexta-feira, 22 de junho de 2007

Djavan – Martírio dos Corações




Djavan – Martírio dos Corações

-> Trilha sonora


Sábado à noite
Sessão Coruja em casa
Nesse fim de semana chuvoso
Melhor o aconchego do lar

Sozinho de novo
Acendo um cigarro
Na penumbra do quarto
Ajeito-me na cama
Personagens de TV não me interessam
Mudo o canal
Escuto Djavan no som
Quisera eu cair aos pés do vencedor
Servir o Samurai
E estar tão feliz!

Amor, amor... estaria pensando em mim
Sentindo minha falta?
No embalo de músicas suaves
Baladas românticas são covardes
O sentimento sempre revolve
Em devaneios de saudade
Trazendo à tona de volta
Desejos sufocados
Por nossa forçada vontade
Contrária ao que queremos

Nem saio do lugar
Troco o cd ou desligo o som
Que me invada essa dor
Na melodia dos acordes
Dum violão dedilhado
Sax e trompete
Guitarra e baixo
Bateria, percussão, teclado
E a voz soul de Djavan

Que Poesia sem igual
Sentimento à flor da pele
Devassando meu coração em cada verso
Reavivando tudo que dormente jaz
Afogado no peito
Dito esquecido mas lembrado a todo instante
Amordaçado pelo orgulho
Incompreendido no próprio medo

Que luta voraz
Contra palavras afiadas
Do canto que não pára
Feito adagas ferindo profundas
Minh`alma perdida
Sem dó cada entranha rasga

Cantai, cantai!
Cantai vosso cancioneiro
Ó poeta do Amor!
Transbordai vossos dons
Nos cântaros de meu coração
Que já canto contigo
Solto minha voz
Tiro a ferrugem de minha pena
Acompanhando a melodia
Componho novo poema!

Fraquejo na luta
E a lembrança que me invade
Vai esmagando a entrincheirada contra-vontade
Do querer e negar
Desejar mas fugir
Suspirando desdenhar
Fazendo pirraça e manha

Num tiro de misericórdia
Um Amor Puro no som
E perco a força
Me entrego acenando bandeira branca
Sem fôlego confessando:
Quero beijar tua boca!

Te amo assim de uma maneira tão louca
Que meu orgulho não importa
E qualquer discórdia
Dura só uma hora

Mas me agüento
Vou me segurando pelas pontas
Duma ribanceira à beira do abismo
E resisto uma semana
Depois vou morrendo
Definho esmorecido
E ainda calado
Grito aos quatro ventos:

Minha Paixão, Eu Te Amo
Volta que te peço
Num d`outro beijando o rosto
Faremos as pazes
Porque te adoro mais que tudo
Viveremos uma grande história
De Amor que não tem limite



Rob Azevedo






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