quinta-feira, 28 de junho de 2007

Um Poema Triste




Um Poema Triste



Um poema triste
Tímido se cala
Sinto-me um lixo
Perdido em meio ao nada
O fio da meada busco
A agulha no palheiro me espeta
Ando em círculos
Seguindo os passos
Que me perseguem
Pressentindo o que sinto
Sacramentado no peito

Meus olhos miram
No vazio
Uma sombra distante
Clamando meu nome
A melancolia invade
Os recônditos aposentos
De meu coração
Quando encaro
A mim mesmo
Em meu quarto
Sem minha outra metade

A tristeza me mata
Quando reflito
Que mesmo a flor
Mais encantadora
Como o Amor-Perfeito
Definha
Com o tempo
Se o regato que a nutre
Vai secando
Evapora devagar
E morre



Rob Azevedo




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