sexta-feira, 29 de junho de 2007

Medo




Medo


Às vezes, quando se passam três dias
E não componho poesia
O medo me toma
Imagino que meus dons de poeta fugirão de mim
Escorrerão entre meus dedos
Morrendo no ralo da falta de inspiração
Não sei
Se é porque fazem exatamente três dias
Que não vejo minha Musa
Ou se Deus se aborreceu comigo
Furtando de mim o que me deu
Mas me debruço na mesa e reflito
Decido que preciso fazer anotações
Para que de mim a poesia não se perca

Fito a folha nua da agenda
E meus dedos temerosos deslizam rabiscos
Vou escrevendo
Quando vejo são versos!

Eis de volta a Poesia!
Companheira de todos os dias
Ainda quando me abandona
Dentro de mim germina
Quietinha
Floresce e vai crescendo
Quando vejo
Nos jardins de meu coração
Brotou um Girassol
E de meus dedos
Derramam-se pétalas
De rimas, estrofes e sonetos

Bem vinda
Doce amiga
Vinho de minh`alma!
Basta que em ti reflita
Por tua compaixão clame
E os campos áridos de sentimento
Tornam-se prados floridos de encanto




Rob Azevedo




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