sábado, 30 de junho de 2007

Caldeirão da Poesia - A Liberdade da Arte -





Caldeirão da Poesia
- A Liberdade da Arte -



A banalidade que se exploda

O sem graça que morra

A pieguice que se foda!

Queremos o vinho

Mais inebriante

Cantar o que sentimos

Rasgando as estranhas

O chá de ervas

É pra depois

Da leitoa com broa

No jantar

Baco sentado à mesa

Ri dos carolas

Na cabeceira


Camões Technno Trance

Shakespeare Rastafari

Pessoa é Reggae

Neruda Bossa-Nova

Drummond Rock and Roll

Rimbaud Metal

Cecília Samba


No caldeirão da Poesia

Paella Valenciana

Procissão de Ramos

Carnaval de Veneza

E orgia grega

Engravatados

E pés descalços

Urbanos e caipiras

Na placa se lê:

Hedonistas

Sejam bem vindos

Despudorados e caretas

Meretrizes e padres

O diácono e o Diabo

Brancos e negros

A CIA e a KGB

Marcianos e terráqueos

Judeus e libaneses

Bush e Bin Laden

Argentinos e brasileiros

O libertino e a santa

Há espaço para todos

Desde as primeiras

Às últimas cadeiras



Ó, bendita seja nossa insanidade poética

Ela rasgará o véu da hipocrisia

Assim nas torres de Parnaso

Como entre os concretos

Do Concretismo

Purificados, beijaremos vossos ventres

Ó virgens messalinas

Que dão luz à Poesias




Assim pregava o profeta diante do Templo, mas os ímpios não o compreendiam, pois falava por meio de metáforas e rimas em versos e a maldade dos homens, o entregou nas mãos dos imperadores, ao preço de trinta latas de cerveja.

O Pilantra lavou as mãos
Mas emporcalhou a alma.




Rob Azevedo





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