quinta-feira, 28 de junho de 2007

Minha Poesia




Minha Poesia



Eu e minha pena
Entrincheirados
Nos campos de batalha
Da poesia
Disparamos versos
Aos quatro ventos

Que se doam os cegos d`alma
Porque aqueles dos olhos
Me enxergarão

Que façam ouvidos moucos
Os surdos do coração
Porque aqueles do ouvido
Me ouvirão

Que esbravejem xingamentos
Os mudos da mente
Porque aqueles da boca
Em cânticos me louvarão

Que me esmurrem aqueles que podem
E fuja todo aquele
Que pernas tiver

Porque aqueles que ficarem
Dançarão comigo
Entoando o Salmo dos Salmos
Da Vida que habita
Na poesia que vomitam meus versos
Num rompante súbito de ira
Diante o Templo profanado
Enxotando os mercadores malditos

A melodia das minhas rimas
Os surdos ouvem
E meus versos
Os cegos vêem
Os mudos
Declamam em voz alta
Retumbantes
Num brado heróico de vitória

Minha poesia
Não é para os olhos
Nem ouvidos ou boca
Muito menos
Pernas e braços

É para mente
Coração
E alma


Rob Azevedo





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