quinta-feira, 28 de junho de 2007
Amor de Verdade
Amor de Verdade
Os Bardos Argonautas
Acreditam no Amor Maior
Capaz de ultrapassar limites
Voar pelo espaço
Feito cometas cintilantes
O sentimento quando bate
Dentro do peito se sente
Que não existe corrente
Nem coisa alguma que prende
O coração que deseja
O Amor de Verdade
Se estou preso à terra
O que me importa?
Meu querer germina
Vai crescendo e floresce
Em meu corpo um par de asas
A riqueza dos sheiks árabes
De nada vale
Formalizada em pergaminhos
Amarelecidos e podres
Fingindo sentimentos
Indo pra cama
Por trinta dracmas de prata
Cravando nas costas a adaga
Bastando cruzarem a porta
No que entendo
Isso é profissão
Suja e vulgar
Tampouco sou
Garoto de programa
A disposição de madame
Porque o Amor de verdade
Não se compra e nem se vende
Simplesmente se rende
Inteiro e atento
A cada segundo
De corpo e alma
Rob Azevedo
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