sexta-feira, 29 de junho de 2007

Saudade




Saudade



Eu grito na noite
E chamo
Meu Jambo
Na cama me derramo
Vagando
De um lado a outro
Em pranto

Onde andas
Amor Meu?

Por que não telefona
Não me chama?

Saudades eu sinto
Sequer notícias suas
Tenho

Meu quarto repleto
De tantas decorações
Tudo que se possa imaginar
Coisas até inúteis
Tornou-se vazio
No seio do nada
De minha vida vazia
Sem sua companhia

Que dores são essas
Que a saudade nos traz?

Quando se ama
A saudade corta
Mais que faca afiada

Vagando de um lado a outro
Em pranto
Na extensão da cama vazia
Peregrino num deserto
O oásis de seu corpo
Não encontro
Morrendo de desejo
No fogo que me consome
Tenho sede
De sua boca
E infinito
De você

Eu grito na noite
E chamo
Meu Jambo
Saudades sinto
No quarto sozinho
Me pergunto:

Onde andas
Minha Amada?

Ao menos vivo
Em seu pensamento
Na ausência doendo
Em noite insone
Rasgando a entranha
Feito faca afiada?



Rob Azevedo





Nenhum comentário: