quarta-feira, 20 de junho de 2007
Resposta ao Enigma do Amor
Resposta
Ao Enigma do Amor
Um dia deparei-me
Seguindo a estrada da vida
Diante um caminho bifurcado
Pensei qual deles seguir
Refleti
Fiz conta em minha calculadora
Consultei meu bloco de anotações
Se haviam palavras
Que clareassem minhas idéias
Talvez se houvesse
Um manual prático
Com mil fórmulas aceitáveis
Ditando o que deveria ser feito
Tudo seria mais fácil
Joguei o I Ching
E consultei o Tarô
As previsões
Cada uma delas
Mais obscuras que minhas idéias
Ambíguas
Não diziam nada
E aquele olhar sórdido da esfinge
Deixando a mim encabulado
Ávida em devorar-me
Enigmas a essa hora
Em que me encontro tão fatigado
Habituado a vidinha que levo
Verde e rosa da Mangueira
De comodidade tão bem quista?!
Ah, longe de mim esse cansaço
No cara e coroa tudo se resolve
E a vida é mesmo um risco
Se eu fico aqui parado
Nos Arcos da Lapa
Perco o bonde de Santa Teresa
Nessas horas
Até ônibus trocado
Eu pego
Onde vai dar
Não importa
E a esfinge
Num riso de escárnio
Zomba de mim
Rob Azevedo
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