segunda-feira, 2 de julho de 2007
As Dores de Eliza na Solidão do Leito
Os dois poemas seguintes integram a minha série de poemas intitulada Sacro Sacrilégio na Sacristia, que consta de algo em torno de 50 poemas, onde cada um segue a história contada pelo poema anterior - o todo forma uma história coerente e ordenada cronologicamente - é um Romance em Poemas.
E nesse poema imediatamente a seguir, eu assumi o eu lírico feminino para poder dar voz à personagem Eliza do meu Romance em Poemas Sacro Sacrilégio na Sacristia.
No poema que vem após - na série não é sequência do poema acima, mas existem outros poemas entre os dois - retorno ao eu lírico masculino.
As Dores de Eliza
- Na solidão do leito –
-> Trilha sonora
Meu Amado
Tão querido
Ar que respiro
Água que bebo
Alimento que sacia
Minha fome do espírito
Meu bem querer por ti
Eu meço
Nas estrelas do infinito
Porque te amo
Mesmo que não esteja comigo
Todas as noites durmo contigo
Porque está em meus sonhos
De olhos fechados te vejo
Quando à noite me deito
No pulsar dolorido
De meu coração
E fluir sem sentido
Do sangue em minhas veias
Quando nos aparta o destino
Profundamente sinto
Como o pedaço
Mais importante de mim
Você em meu íntimo
Meu Homem-Menino
Herói e Cavaleiro
Amor da Minha Vida
Bravo Guerreiro
Trovador dos Versos
Que iluminam minha treva
E Salvador da Noite
Que sem dó desterra
Os tempos passam
Tudo muda
As flores morrem
E sigo te amando
Ainda que o acaso
Sem dó nos aparte
Porque tanto te amo
Sem que sinta cansaço
N`alma ou no corpo...
Todas as noites durmo contigo
A perder-me em suspiros
Banhada em calafrios
De tanto imaginar-te
Ó Meu Bravo Guerreiro
Trovador dos Versos
Que iluminam minha treva
Ainda que não esteja
Ao meu lado onde me deito
Em desejos perdida
Sinto teu corpo
Sobre o meu
Comprimindo-se
No deleite do Amor
Noturnas horas passam
Através delas eu passo
Clamando teu nome insone
Após o êxtase profundo
Tão profundo quanto mares no infinito
Que em devaneios imagino os olhos turvando
Em segredo sigo sonhando
E sinto teu cheiro
Tua respiração sobre meus seios
Onde descansa a fronte
Do Amor que fizemos
Aninhado em meu colo
Saciado e feito anjo
Em miragem te vejo
E velo teu sono
A Deus agradecendo
Ó Meu Bravo Guerreiro
Trovador dos Versos
Que iluminam minha treva
Venha salvar-me da noite
Que sem dó me desterra!
Porque tua morada eu fiz
Em meu coração
Assim encontro
Tua imagem
Em cada estrela refletida
E gole d`água
Que sedenta bebo
Sem que possa tê-lo
Imagino teu beijo
Aplacando minha sede
De teu Amor
Todo alimento que nutre
A fome de meu espírito
Tornou-se pensamento
Onde sinto teu corpo
Saboreado feito pêssego
Desejo maduro
No ar que respiro
De tanto lembrar-te
Num profundo suspiro
Sinto que invades
Meu ser inteiro
Dando a vida que preciso
A todo momento
Assim vivo
Caminhando a cada dia um passo
De encontro ao Amor Verdadeiro
Confesso segredos:
Em todo amanhecer
Desejo que você
Meu Homem-Menino
Herói e Cavaleiro
Amor da Minha Vida
Bravo Guerreiro
Seja a imagem primeira
A mirarem meus olhos
Refletindo bem querer
Dando bom dia
Beijando minha testa
Meus cabelos acariciando
Chamando tua amada
Que tanto te ama
De Meu Anjo
Se fores a mim proibido
Confesso que sem medo
Arranco meu coração e morro!
Porque vida que seja tão sofrida
É pena maior
Que a morte do corpo
Rob Azevedo
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Um comentário:
"...Trovador dos Versos
Que iluminam minha treva
Ainda que não esteja..."
Que essa luz nunca se apague para Eliza, Rob Azevedo, dessa forma você iluminará sempre o caminho com seus versos para ela e para todos nós que admiramos sua poesia.
"...But she still finds her way
by the light
she sees
in your eyes"
com todo meu afeto
Karla Julia
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