sexta-feira, 6 de julho de 2007

Transbordando Êxtase no Santo Graal




Transbordando Êxtase No Santo Graal

-> Trilha sonora


Minhas mãos envolvendo aquela cintura
Macia, fina, delicada
Trazendo para junto de mim
Em ímpetos de volúpia desmedida
Minha Princesa Amada.

Nossos corpos se encaixando
Na perfeição de anatomias
Feitas uma para outra
Roçando nuas
Comprimindo-se
No movimento do vai e vem
Feito ondas do mar
Explodindo na praia
Indo e voltando...

O calor do corpo
Pele na pele
O mais íntimo de nós
Em profundo contato.

Nas leis da física
A fricção
Entre o rígido e o macio
O profundo e o extenso
Em doação total
Nos ensandecendo
Na umidade quente
Desprendendo energia
Percorrendo dos pés à cabeça
Arrepios e tremores.

Concentrado no centro de nós
O Olho do Furação Kundaliní
Em dois Chakras Muladhara
Que originam a vida
Se amando com paixão:

O Chakra da mais pura essência feminina
Com aquele
Da masculinidade que se encaixa
Na forma exata que o completa.

A Perfeição de Deus
Que assim nos fez
Encontra-se infinitamente além
Em Seu Trono
Aos dogmas humanos.

A nós amantes
O beneplácito desse êxtase
Que avidamente buscamos
Não é privilégio único
Dos deuses celestes.

Gozamos
Cada momento
Em toda sua extensão ilimitada
Abençoados
Pelo Pai Altíssimo
Porque nos escolhemos
E nos amamos em verdade
Somos cúmplices
No desejo que devotamos
Um pelo outro
No mais profundo
De nossas almas.

Rendemo-nos
Santificados
No Amor que fazemos
Infinito e soberbo
Venerável
Mais-que-perfeito
Sacralizado em cada ato
De nossos corpos desnudos
Se entregando rendidos
Ao prazer irrestrito
De quem lhe ama e é amado
Comungando
O lúmen de nossos espíritos
No Amor ao Amor consagrado
Que deliciosamente fazemos
Abençoados por Deus.

Segurando-a pela cintura macia
Minhas mãos trazem-na para junto de mim
Num movimento de vai e vem
Em ímpetos de volúpia
Penetrando-a pelas ancas
Libertando suspiros
Deleitando nossas almas.

Na duração infinita do ato
Minhas mãos percorrem seu corpo
Acariciando, apertando, arranhando
E tudo se perdoa
Na redenção que há de vir
No cataclismo de nossos orgasmos
Arrebatando-nos ao firmamento.

Minhas mãos a prendem por mechas
De suas negras madeixas
E tenho minhas rédeas
Em meu cavalgar
Penetrando o Cálice Santo Graal
Onde haverei de transbordar
O gozo na mulher que amo.

Sou seu cavaleiro real cavalgando-a
Domo-a nas rédeas de suas madeixas
E na cintura fina e delicada.

Ah, Minha Princesa Amada!
Com seus lábios rosas
Sorverá de mim o vinho mais puro
De minha masculinidade
No íntimo recôndito
De sua essência mulher.

Minha língua percorre seu dorso
Sentindo o calor da pele
E vou cobrindo-a de beijos
Em veneração apaixonada.

Estrelas cintilam ao redor de nosso leito...

A nós acostumados a mirarmos o céu noturno
São as constelações mais deslumbrantes que já contemplamos
Profundo deleite além de todo mundano.

Na longevidade do coito
Seu nome em sussurros clamo
Em tom que transcende
Os limites da própria Paixão.

Em voz profunda e cândida
Ouço de minh`alma o bálsamo:

Meu Amor, Eu Te Amo!
Te Amo, Te Amo, Te Amo...

Deus meu, como Eu Te Amo!

E seu nome vou clamando
Em sussurros apaixonados
Entrecortados por suspiros
Em Meu Amor cavalgando
Feito deusa venerando.

De súbito o arrepio
Vem da planta dos pés e vai subindo
Percorrendo coluna acima
Tremendo corpo inteiro
Enquanto olhos se reviram
Duas frontes são coroadas com aureolas douradas.

Faces se enrijecem
Advindo ligeiro desmaio
Entramos em alfa
Na leveza de plumas
Vagando pela eternidade
Acordando despertos.

Nos gemidos mais animosos e longos
Gatos que namoram nos telhados se espantam
E transformam-se suaves suspiros
Em vendavais de Paixão.

Minha Princesa no momento do êxtase
Clama meu nome dizendo Eu Te Amo
Na voz mais doce
Que pude ouvir desde que fui parido.

E transbordo no Cálice Santo Graal
Precioso íntimo da mulher que amo
O gozo de minh`alma inebriada de encanto
Ao clamor de meu nome sussurrando:

Meu Amor, Eu Te Amo!



Rob Azevedo







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