domingo, 1 de julho de 2007

Amor, Paixão e Cio




Enquanto sonhavas umedecida, fantasias e devaneios eróticos, minha pena ensandecida, escrevia poemas libidinosos... Agora teus olhos atentos, comovidos se movem, percorrendo meus traços, esgueirando-se adiante, contemplando o fogo de minhas letras...

Assim sinto, tua Alma Nua, em cada pêlo devassa, como te quero, fazendo amor comigo, nos versos que a ti dedico...




Amor, Paixão e Cio


Na vertigem da miragem
Provocante a libido se aquece
Em ofegante pérola rubra
Colhida na concha úmida
Rendida, entreaberta
Em lençóis acetinados
Rosados cor de vulva

Suores misturados
No calor do alumbramento
Regando flores em fogoso leito
Deslizam em espáduas nuas
Sinuosas curvas
Seios pontiagudos
Relevos que se encaixam
Insinuantes nos lábios
Dum lobo sedento
Marinheiro audaz
Afogado em poço de encanto
Sorvendo o vinho de Baco
No oásis do corpo feminino
Puro gozo
Pêssego maduro
Que ardente saboreio

Em suspiros, a brisa
Suave que refresca
Dois corpos
Rumo ao ápice do desejo

Num ciclone a libido
Refulgindo o Êxtase
Os dentes crava
No colo desnudo
Deixando marcas
Vendavais libertando
De suspiros e gemidos
Uivando em desalinho
O canto devasso
Do pecado sagrado:

Amor, Paixão e Cio



Rob Azevedo





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