domingo, 1 de julho de 2007

Brado Guerreiro - Aos Poetas do Armagedon -




Brado Guerreiro
- Aos Poetas do Armagedon -



Ó Quimera do Desejo!
Quisera Deus
Meu canto tivesse a força
Derrubar as fortalezas do inferno
Calar a voz dos homens maus
A tirania dos prepotentes
Feito Cristo amotinado
Ordenar ao temporal:

Cessem os ventos!
Cale-se o trovão!
Diante minha autoridade
Anule-se a tormenta!
Reine a calmaria
Vinde a nós a paz!

O humano coração se contenta
Na verdade que liberta
Libertos seremos
Ainda que tardiamente

Por que temem?
Homens de pouca fé!
Eis que é longa a senda
Tortuosa e íngreme
Como os vales da morte
Os arqueiros das sombras
Nos alvejam pelas costas
Disseminando o ódio e a inveja
A usura e a ganância
A fome e a miséria
Irmãos guerreiam entre si
A paz é dispersa
Ó Deus!
Pais e filhos choram
Enterram seus mortos
Sob sombrio céu
Quisera Deus meu canto
Viesse como alento
Erguendo-nos mais fortes
Sorvendo esse fel
Sentindo o aço da lâmina
Fria, cruel
Rasgando o peito em cortes
Sangrando almas
Derramando a lágrima
De amados irmãos
Surgirá o Sal da Terra
Do cálice renegado
Será feita a vontade
Cumprindo-se a promessa
O auto sacrifício libertará
Nosso canto ecoará mais alto
Ofertando aos povos redenção

Avante irmãos
Uni-vos!
Revistam-se de armadura
Desembainhem a espada
Pois a hora é chegada
Deixemos as trincheiras da alma
Marchemos ao combate
Ao campo de batalha
Rumo à vitória triunfal!



Rob Azevedo






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