quarta-feira, 4 de julho de 2007

O Alquimista do Amor




O Alquimista do Amor


-> Trilha sonora


Me esgueiro pela sombra
Como um poema negro
Sem destino nem dona

Luzindo pirilampos
Sigo um facho de luz
Vindo do luar

Ascendo aos céus
Teto do inferno
Em nuvens de incenso
Sândalo indiano

Não pergunte meu paradeiro!
Haverei de me embebedar
N`alguma taverna além do infinito
De todas estrelas do firmamento

No mundo em que vivo
Envolto em brumas de mistério
Sou bruxo
Demônio medieval
Devasso
Sou Incubus!

Ao cair da madrugada
Meu espírito vaga
Atravessa vales sombrios
Adentra adormecidas casas
Assumindo a forma do desejo
Em cama ardente
D`alma da mulher
Que em sonhos
Se liberta dissoluta

Quando ao descanso noturno entregue
Em sentindo-se lânguida
Ofegante
Corpo trêmulo
Pêlos eriçados
Libido aflorada
Sou em quem lhe visito
Na medida do que queres
Lasciva, ensandecida
Ardendo em chama
Na pele de fêmea
Que o instinto saciado
Do átomo ao infinito
Banhada em suores
Clama

Na melodia
Do balé reticente de meus versos
Indo e voltando
Ora o ritmo é lento
Adiante ligeiro
Compondo sinfonia
Que alivia a espera
Do cio do corpo
E êxtase d`alma

Rutilante me confesso:

Vim das trevas
Existentes
Onde nascem as estrelas

Sou as letras
Que ledes agora
Nelas
Vive minh`alma
Mais forte
Que na carne em que se abriga

Sou demônio medieval
Devasso
Descendente dos celtas
Sumo Sacerdote
No clã dos druidas

Quando a Lua é cheia
No Amor
Tenho os dons da Alquimia
Me transformo
Na forma que sacia
Instinto e cada pêlo
D`alma feminina
No balé do ato

Se meus passos não me conduzem
Aonde repousam seus sonhos
Vinde a mim
Seguindo a trilha de meus versos
Batei à porta, adentre minha alcova
Deite-se comigo em meu leito
E tudo vos será dado
Por méritos da Minha Graça
Como Alquimista do Amor




Rob Azevedo





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