quarta-feira, 4 de julho de 2007

Encanto




Encanto



O gosto ainda sinto
Adoçando a boca
Puro encanto
Vinho
Licor Absinto

Teus lábios
Tocaram os meus
Perdi o tino
Ecoaram cânticos
Acordes
Piano e violino
Harpas dum anjo
Menino
Soprano - o Serafim

Ai de mim!
Em todo rosto
Que vejo
O teu encontro
Doce ninfa
Orquídea violeta!

Tua ausência
Rasga meu peito
Em lancinantes dores

Na lembrança
Teus olhos
Cor d`esperança
Dão alento
Ao poeta
Que sonha amores

Divago em caminhos incertos
Procuro-te
No armário de meu quarto
Na geladeira
No forno
Corredor
E sótão...

Perambulo pelas ruas
Suspiro
Rendido de bom grado
Ao teu encanto
Sereno e tranqüilo

Tanta paz
A cada dia
Tua companhia
Traz...

Se soubesses
Orquídea violeta
Estrela de Davi...

O bem que te quero
A saudade que sinto
Não tem tamanho
Anoitece meu dia
Feito o manto negro
Suave
De teus cabelos

Anoitecendo
Espero somente
O que prometeste
Sussurrante
Em meu ouvido:

As Noites com Sol...



Rob Azevedo





Um comentário:

Anônimo disse...

"Dizem que são miragens, noite com sol...",mas tenho certeza de que não.Para o poeta encantado, todas as noites são noites com sol.
Puro Encanto seu poema, querido Rob.
beijos,
Karla Julia