quarta-feira, 4 de julho de 2007
Violão Azul
Violão Azul
-> Trilha sonora
Poesia e Música
Mais Amor
E nada há de faltar
Na terra, céu e mar
De nossas vidas
Num canto do quarto
O velho violão azul prateado
Atrás, no tampo
O coração gravado
Faz tempo e ainda lembro quando
Tuas mãos deslizaram naquela madeira
Entalhando o desenho
Com destreza, à canivete
Mas meu nome
Junto ao teu
Fui eu quem cinzelei
A primeira serenata
Naquela noite de Julho
Deixou saudade
Fui teu poeta saltimbanco
Galante
Cantando meus poemas
Em música transformados
Meus olhos nos teus fincados
Refletindo brilho de diamante
Nada complicado entender
Era Amor ao primeiro acorde
No primeiro verso declamado
Em tantas rodas nos bares
Nas praias, praças ou nos campos
Nossa inseparável companhia
O violão azul
E meu cancioneiro de poeta do Amor
Sacramentado na mente
Nossos olhares se fitando
Dia e noite
Em cantorias sob o Sol
Ou à luz do luar
Se vinha a chuva
O violão voltava à capa
E banhávamo-nos nas águas
Que desabavam do céu
Tua roupa molhada
Colando nas curvas do corpo
E minh`alma contemplativa
Nas transparências ensandecida
Que riso fácil de menina faceira
Encantada com meus cabelos revoltos
Fora de todo eixo
Ah, violão azul!
A ti sou eternamente grato
Testemunha co-autora de tantas farras
De meus galanteios primeiros
Que nunca terminarão
Serei sempre o Don Juan
Trovador violeiro
E cada vez que meus lábios
Nos lábios daquela que inspira
Em minh`alma tantas trovas
Se encaixar feito um imã
Será o beijo inaugural
De dois corações contadores de estrelas
Em cada uma delas
- Que serão poucas -
Um beijo de tirar o fôlego
Na Poesia, na Música
O que sentimos no peito:
Resplandecente Paixão
E o velho violão azul
Há de nos acompanhar
Por mais mil anos
Companheiro audaz
De Don Quixote
E sua fiel escudeira
Amada Andaluz
Ó Violão Azul prateado
Nada há de nos faltar
Na terra, céu e mar
És nosso pastor
Nas veredas do Amor!
Rob Azevedo
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