quinta-feira, 5 de julho de 2007

Me Amas Que Será Também




Esse poema que segue tem um segredo...

O nome da Musa Inspiradora dele consta ao longo de todo o poema de forma dissimulada... Consta sonoramente falando...

Nesse poema eu repito inúmeras vezes a junção das palavras "vi" e "que" no início de muitos versos.

"Vi" posto junto com "que", soa exatamente igual à "Vick", que é o nome da Musa desse poema.

E no penúltimo verso do poema - que é esse o verso: "Vi que furtado" - o nome da Musa consta - sonoramente - completo, sendo que o nome dela é exatamente Vick Furtado.

E o título do poema é uma jogada que fiz com a inscrição que consta na bandeira do estado de Minas Gerais - Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que tardia), sendo que a Musa do poema é mineira.





Me Amas Que Será Também


-> Trilha sonora


As coisas que vi
No teu olhar
Quando disse adeus
Deixaram a mim perdido
Feito menino
Sem chão nem direção
Diante do abismo
No final da linha do trem

As coisas que vi
Olhando meu caminho
Minha vida sem você
Somente espero que entenda
Compreendas no meu canto
Em cada verso que te conto

As coisas que vi
Não aprendi nos livros
Ninguém me ensinou
Nem existe remédio
Que alivie a dor
Quando se fala em amor


Vi que sem você à noite eu choro
Vi que sem você não durmo
Vi que sem você acordo
Feito Lua Minguante
Faltando mais que a metade
Vi que sem você não vivo
Vi que só você eu amo



Me Amas Que Será Também
Me amas que te amarei
Como nunca amei ninguém
Me amas que será amada
Eternamente
Me ames somente
Não me perguntes nada
Me amas que terá alguém
Me amas que serei teu bem
Apenas me ame
Sem medir palavras
Amarei a ti também
Seja fim de tarde
Noite escura que dá medo
Haverei de esperar
As manhãs de Sol
Que haverão de chegar
Repletas de alegria
Saciando o desejo
Enlouquecendo a alma
Que jamais se cala
Seja noite ou seja dia
De mãos enlaçadas
Caminharei contigo descalço
N`alguma deserta praia
Do meu Rio
Distante de mim
Encontrarei a ti
Em minha poesia
Na tua Minas tardia
Liberto serei

Agora entendo
As coisas são simples
Não tem mistérios
Basta contar
Tudo que vi
Sem nenhum segredo

Vi que eu ando
Em madrugadas insones
Beijando poste
Imaginando você

Vi que perdi o tino
Desde que te conheci
Ando feito cão vadio
Revirando o lixo da esquina
Procurando algum soneto perdido
Que nunca te mandei

Vi que me tornei um intelectual insano
Debatendo com os vira-latas
Companheiros da madrugada
Questões da existência
Nunca respondem nada
Diferente de latidos

No entanto a cada dia
Resta-me a certeza:

São mais sábios que eu
Amam e não se queixam
Venerando a Lua
Uivam sem por quê

Vi que eu não entendo
Por que um poeta
Quando escreve
No ímpeto da inspiração
Se parece tanto com um bêbado
Que bebendo conta a verdade

Talvez os cães tão sábios
Saibam
Eu não sei...

Vi que eu me lembro
Todas as tardes
Quando o telefone toca
Meu coração bate mais forte
Quase explode
Imaginando você

Vi que nem sei o que dizer
Sou todo fogo que me consome
Cantando em versos
Nascidos em madrugada insone
Tudo o que vi


Vi que sem você à noite eu choro
Vi que sem você não durmo
Vi que sem você acordo
Feito Lua Minguante
Faltando mais que a metade
Vi que sem você não vivo
Vi que só você eu amo



Vi que sem você
Sou um corpo vazio
Levaram de mim
O cerne vital onde Amor sinto
Vi que furtado
É meu coração...



Rob Azevedo






Nenhum comentário: