domingo, 1 de julho de 2007

Campos de Orquídeas Regados no Pranto




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Campos de Orquídeas
Regados no Pranto


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-> Trilha sonora



Os anjos de Deus
Não são como os homens
Que livremente, bem podem
Seus corações permitirem
Arderem em sentimentos de amores

Um anjo não pode
Tendo vindo ao mundo
Enviado pelo Altíssimo
Para que dela cuide
Inebriar-se no encanto
De mulher confiada
A sua guarda celeste

A missão que lhe foi dada
Que se perca não permite
Em nenhum instante
Da razão clarividente
Ou que tenha
O coração perdido
De incompreendidos sentimentos
Em turbilhões revoltosos
A visão obscurecendo
Antes que cubra os olhos

Tudo que amamos
Consideramos como nosso
E o bem que lhe queremos
É sempre aquele
Entrelaçado a nossa vida

Mas Deus cria
A cada um nesse mundo
Livres, sem donos
E tem para todos
Seus Desígnios e Planos

Dele somos
De ninguém mais

Mas por que um anjo
Acometido de sentimentos humanos
Cisma por recantos
Ermos, suspirando
Em dores se contorcendo
O coração sangrando
Ardendo incendiado
Pelo fogo da paixão?


- Ah, Deus
Que pesares da consciência
Como é fraco o anjo
Diante a carga confiada
Para que nos ombros carregue!

O que a Deus pertence
Querer como seu
E perder-se em desejos
Pensamentos lascivos
Aos anjos não permitidos



- Penitente, penitente, penitente
Tornai-te penitente
Ó anjo!
Rasga tuas entranhas
Sorvendo o fel das dores
Dilacera a carne
Em impiedosos açoites
E não te poupe!
Tua alta linhagem honre
De anjo celeste
E livra-te, lançando distante
Tentações humanas

O amor das mulheres
É inconstante
Passageiro como nuvens
Flui e se transmuta
Como as águas dos rios
E fere e sangra e mata
Feito lança envenenada
Cravada no peito

Escutai meus conselhos
Mantenha tuas fronteiras
Donde ela não ultrapasse
Nem vós, ultrapassá-las te arrisque
Se for preciso, te afaste
Ou conhecerás
A dor dos homens

Assim tua missão confiada
Cumprirás
Vencendo as tentações
Regressará em glória
Ao Reino Celeste
Onde o Amor que tens
É Eterno, sem limite



E o anjo entristecido
Bate as asas e voa
Bem alto
Condoendo-se pousa
Numa nuvem
E lacrimeja
Fazendo chover nos prados
Sobejamente
Regando na Graça por Deus concedida
Sorvida em cálice amargo
Campos de Orquídeas
A flor preferida
Daquela por quem
Seu pranto vertia
Sentindo a tristeza cair-lhe profunda
Em sua alma de Luz



Rob Azevedo






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