quarta-feira, 20 de junho de 2007
Poema de Mármore
'ﺅﺊﺋჱﺅﺊﺋ''ﺅﺊﺋჱﺅﺊﺋ' Poema de Mármore 'ﺅﺊﺋჱﺅﺊﺋ''ﺅﺊﺋჱﺅﺊﺋ'
- Daqui me levantarei quando houver partido -
Quando inerte meu corpo repousar na lápide
Do mármore frio ascenderá à Lua
O murmúrio silencioso do Amor vivido
Lacrimejando no orvalho que no cipreste oscila
Na penumbra noturna que tudo aquieta
Os mortos saudosos aguardarão os vivos
D`outro lado do umbral da vida
Se n`algum castiçal arder mais forte a chama
Da Paixão purpúrea de outrora
Um fantasma na noite que desterra
Atravessando da sombra a fronteira
Ressuscitado num poema se erguerá da tumba
Quiçá a caveira debande os corvos
E ao léu uivem os lobos
Enquanto detrás de versos glorioso
Se levante o Poeta Prateado
Iluminando o breu noturno
Nos bosques ermos ecoará meu canto
Do Amor que transcende a morte
E os vivos que transcendam a vida
Celebrarão com os mortos a transcendência
Anelante o desejo
Tornará chama em castiçal
Incêndio que devassa
Transpondo o Portal
Entre o Mundo das Sombras e da Luz
Na noite
Na noite profunda
Aquele que Paixão declama
Vencerá o desterro da Poesia
Não chores, amada Musa
Nem a treva quebrará a jura
Gravada em meu coração com teu nome
Estarei contigo ainda onde
O Barqueiro Sombrio conduz
E até diante a morte
Do corpo que o espírito abriga
Meu Amor sempre será mais forte
Esperando o Sol que a escuridão ilumina
E quando de saudades morrer
Aquele que jaz morto na sepultura
Levantar-me-ei do Poema de Mármore
Ao teu lado estarei
Se me deixares que toque
Em meus versos
Tua alma
Bem além do infinito
Rob Azevedo
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