quarta-feira, 20 de junho de 2007
Meu Amor, Meu Amor, Meu Amor
Meu Amor, Meu Amor, Meu Amor
Um encontro numa noite
E tudo se esquece
Passado e futuro
Porque se vive o presente
Taças de vinho brindamos
Entre beijos e carícias
À beira do mar
Sob o céu estrelado
O murmúrio das ondas
Que vem e vão
A brisa noturna suave
Acariciando as palmeiras
Que pendem seus ramos
Ao diamante que nos vela
Pairando na abobada celeste
Prateando o anil profundo do mar
Escrevo versos
Porque Deus há de ouvir
Minha prece
Ao beijar-te
Tão entregue
Em seus braços
E tornar-se-á companhia
De tantas, tantas noites
De Amor
Meu Amor
Meu Amor
Meu Amor
Solte as amarras
Desprenda-se
Renda-se
De olhos cerrados
Me beije e sinta
Nosso Amor
Permita-se viver
Sem estar presa
À conjecturas
Permita
Que nossos vidas se entrelacem
Assim como nossas pernas
Sob os lençóis
Quando nos amamos
As noites que vivemos
Não bastaram?
Então não me diga
Que tudo termina
Logo mais
No secreto refúgio
Onde nos entregamos
Ao deleite
Em nossa última
Noite de Amor
Por você
Dei as costas ao mundo
Sem pensar em nada
Abri mão de jardins
Floridos em primavera
Em resposta
Escuto teorias
De conjecturas
À respeito do que é certo
O que é errado
E conflitos de consciência
Atormentando em noites insones
Não me diga
Que logo mais
É nossa última
Noite de Amor
Em tributo
A tudo
Que vivemos
Lembre-se somente
Do quanto nos amamos
Porque nunca te direi adeus
Nem rasgarei suas fotos
Ou os versos
A mim dedicados
Nem esquecerei
Nosso primeiro encontro
Eu de terno
Você
De vestido vermelho
Se percebo que seus olhos
Águam
Contendo o choro
E nunca lhe vi
Embriagar-se tanto
No balde de gelo
Sobre a mesa
A garrafa de vinho
Já está ao fim
E quase não bebi
Sua mão
Segura a minha
Tão forte e treme
Olhos de rubi
Mergulham profundo
Nos meus
E dizem além
Do que as palavras podem
E no que me olham
Sinto a dor
Daqueles
Cuja a boca
Diz
O que não quer
A alma
Então não me diga adeus
Nem que logo mais
É nossa última
Noite de Amor
Apenas abandone-se
Nas águas desse Rio
Paixão
Que flui em direção
Ao Mar Azul
Do Amor que te prometo:
É do tamanho
Do Oceano
E, Meu Amor
Escute:
São palavras vindas
De quem sabe
O que é Amar
Sobretudo são palavras
Que não se contradizem
Em atos
Porque para estar ao seu lado
Abandonei
Um mundo
Não te roubei a liberdade
Para te ofertar Amor
Dividido
Em muitas partes
Flores murcharam
Mirando meu caminhar
De encontro aos seus braços
Então não me fale
De conjecturas
A essa hora
Nem de sua vida
Tranqüila e segura
Sem Amor
Como esse
Que te oferto
O que tens
Se compra
Com dinheiro
Meu Amor não tem preço
Não se esqueça
E nunca me diga
Adeus
Que delícias capazes
De incendiarem nossos corpos
Sob os lençóis
Nos esperam
Logo mais
E quando estiver
Aquele de quem se despede
Sobre seu corpo
Dentro de ti
Saberás
Que não será nossa última noite
Mas a melhor de todas
Que já vivemos
Além daquelas que nos causaram tempestades
De suspiros e gemidos
Que espantaram gatos
Namorando no telhado
E arranhões profundos
Sangrando meu dorso
Enquanto sussurrava confidente
Jamais haver experimentado
Amor igual
Essas noites
Meu Amor
Tornar-se-ão na lembrança
Como a brisa do mar
Que acaricia
Nossos rostos
Porque no que diz
Ser nossa última Noite
Como tributo
A tudo que vivemos
Rasgarei meu peito
Entregar-te-ei meu coração
E serei alma
Molhando seu corpo
De êxtase
Num furacão
De prazeres
Mergulhando no seu íntimo
Indo e voltando
Saindo e entrando
Como nunca antes
Cavalgando
Penetrando
O infinito
Domarei seu corpo
Ao desejo submisso
Por douradas rédeas
De fino ouro
Em fêmea transformada
In-tei-ra
Mulher em cada pedaço
Sob seu macho
Conhecerás enfim
O vício sagrado
Incurável
O lendário
Don Juan
Verdadeiro e único
O mais cobiçado
E caro
Privilégio
De todas mulheres
Aquele que enlouquece
No toque
De pele
Conhecedor do universo
Feminino
Doutorado na Arte
Do Amor
Eternamente gravado
Visceralmente
Nas entranhas
De quem amou
O adeus
E dor da despedida
Apagado
De seu dicionário
Transformar-se-á
Em gozo e eternidade
Sussurrando num eco redentor
Para sempre
Te amarei
Meu Amor
Meu Amor
Meu Amor
Rob Azevedo
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