segunda-feira, 18 de junho de 2007
Dona de Mim
Dona de Mim
-> Trilha sonora
Ainda que lance
Mão de fórceps
Quando a inspiração me foge
Dar-te-ei mais um poema
Na criatividade do bardo
Que faz três dias não dorme
De meus pensamentos esfacelados
Exauridos em cansaço
Juntarei os cacos
E metamorfoseados em diamantes
Farei colares
Adornarei suas espáduas
Essas, que nuas encantadas
Embalam meus sonhos
O desejo aquece
Incendeia em fogo
Turva meus olhos
Ofegante a procurar-te
Perdido de amores
Ah, se pudesse ao menos tocar-te!
Sentir sua pele num toque suave
Arrepiando cada poro...
Ó espáduas nuas encantadas!
Haverei de tocar-te tão docemente
Rendido em tamanho encanto
Que haverá de perdoar-me
O atrevimento
De meus lábios
Em abocanhar-te inteira
A língua deslizando
Escrever nelas
Poesias de Amor
Profundas d`alma
Adorando a ti
Embriagado no vinho das bacantes
Em puro delírio
Ó Dona
Dessas espáduas nuas encantadas!
Na escalada
Descortinarei madeixas
Negras de pura seda
De jasmim perfumadas
Tocarei seu brinco
Moderei de leve
Bem de leve sua orelha
E beijar-te-ei
Detrás, na nuca
Na duração do arrepio
A dimensão da eternidade
E haverá de perdoar-me
O atrevimento
De minhas mãos
Desabotoando os botões
De seu vestido
Contemplando seios
Embaçando a visão
De êxtase pleno
Salivando a boca...
Haverá de perdoar-me
Ó Dona do corpo de Vênus
Por adorar-te em meus lábios
E minha língua será a pena
Com que haverei de compor poemas
De seu colo desnudo ao umbigo
Afogando-me em seu dorso
Poemas e poemas e poemas...
Transbordando em cada verso
Verdadeiro e entorpecido ardor
Haverá de perdoar-me, Ó Deusa
O deslumbramento rendido
Dum homem-menino
Avistando o mar a primeira vez
E não seremos tão somente
As crianças que sempre fomos
Perdendo-nos em risos
Nas noites insones
Serei homem e serás mulher
Ó Dona de meus olhos e pensamento
E saberás também
Amada com paixão ardente
Que és Dona de mim
Faz tempo...
Yasmim!
Rob Azevedo
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