quarta-feira, 20 de junho de 2007

Amor no Tapete Voador




Amor no Tapete Voador



Quando vier à minh`alcova
De Mago espanhol
Medieval
Dispa-se de seus pudores
E conjecturas tolas
Que eu despirei sua roupa
E nos amaremos no tapete
De Budapeste aconchegando-nos
Nas almofadas indianas
Bordadas com florais dourados
E venha vestida
Por baixo
Com a lingerie que te comprei
Pequenina e sensual
De babados rendados
E lacinho de flor
Que haverei de retirá-la
Como sempre te prometo
Com os dentes
Bem devagar.

Amor no tapete
Eu e você
Apaixonados
Atravessando a madrugada
Até o cantar das cotovias
No nascer do Sol.

Morderei sua orelha
De leve
Sussurrando seu nome
Com voz que saberás:
És minha dona!
E a esperança que aqui dentro do peito guardo
É ouvir-te clamando
Meu nome e confessando
Que sou o eterno Amor de sua vida...


- Ó My Lord, sou toda sua
Rendida de encanto.



Saberás então
O que é o Cântico dos Cânticos
Ao som dos nossos nomes se misturando
Na duração do Amor que faremos
Rompendo a eternidade
Em júbilo e gozo.

E verás por fim
Que a malha trançada onde nos amaremos
Tornar-se-á, ao céu arrebatando-nos
No alvorecer do êxtase pleno
Em tapete voador
Levando-nos
Aos Jardins da Babilônia
Bem pra lá
De Bagdá.



Rob Azevedo






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