segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cânone XXVI




Cânone XXVI



De tanto imaginar-te
Te vejo em qualquer parte
De tanto sonhar-te
Fiz de ti
Minha Arte
De tanto idealizar-te
Te elevei tão alto
Além de Marte
De tanto em pensamento beijar-te
Minha boca arde
Procurando na sua
A fonte d`água
Que o fogo apague
De tanto querer-te
Falo sozinho pela rua
Conversando com a lua
De tanto amar-te
Minha alma já não é minha
É sua
De tanto implorar-te
Crença em minha querença
Estou comigo em desavença
De tanto chorar-te
Por sua esquivança
Vivo de esperança
De tanto rogar-te
Ao meu lado a dança
Do Amor bonança
Existo da confiança
Que um dia a verdade
Haverá de tocar-te
E entregar-se
A quem a ti
Está entregue
De tanto querer-te
Ninguém há de entender-me
Ao ver-me vivendo sem ver-te
A falar sozinho pela rua
Conversando com a lua
De tanto amar-te
Estou entregue
Minha alma já não é minha
É sua



Rob Azevedo









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