domingo, 28 de setembro de 2008

Salamandra




Salamandra



Quando o fogo das intempéries
Me cerca
Por todos os lados
Ardendo em chama alta
Me revisto da pele
Da Salamandra

O calor não me atinge
Bailo sobre o fogo
E canto mais forte
Que a morte
Não cremando

O Fogo Fátuo
Torna-se Fogo Sagrado
Emanando Luz Violeta
E nada me queima
Minha força incendeia
Em labaredas mais altas
De seis metros de altura
Porque sou Salamandra

À cinzas se reduz
Tudo que ateia
Contra mim
O que não é Luz

Sou Salamandra
Caminho sobre brasas
Sorrindo, achando graça
E não me afoga a água
Pois tenho brânquias
Sou anfíbio
A cada meio adaptado

Se me cortam a cauda
Ou algum membro
Em breve se regenera

Transmutação
É o meu dom
E resistência contra o fogo
Das intempéries
Que não queima meu corpo
Porque tenho pele
De Salamandra



Rob Azevedo











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