sábado, 20 de setembro de 2008

Coisinhas Básicas do Dia a Dia




Coisinhas Básicas do Dia a Dia



Eu aqui escrevendo poesias
Ela na cozinha
Preparando o almoço
No fogão

Bah! Não é nada disso!
Essa não é uma poesia machista
De um cara se gabando de sua mulher-empregada...
Longe disso!

Sou pelas mulheres
E pela igualdade em tudo...

Essa poesia
É tão somente
Das coisas do dia a dia
No viver de cada um

A comidinha do Meu Bem
É a melhor que tem!

A comidinha do Meu Amor
De todas é a melhor!

É a única
Que alimenta meu corpo e minha alma
E tem um gosto
Sem igual
O gosto de nós dois
Um ao outro se querendo

De manhazinha
Fui à feira
E ao supermercado
Dei uma passada pelas bancas de jornal
Li as manchetes

Eu de bermuda
Camisa de malha
E chinelos
Pegando um pouquinho de Sol
Que se abria timidamente no céu nublado

Voltei pra casa
Carregado de sacolas...

Frutas, verduras e legumes
Tudo o que é saudável
Não faltou
Mais umas coisinhas
Só pro Meu Amor
O que ela mais gosta
E não vive sem
Parecem um eterno desejo
De mulher grávida
Sem o ser

No caminho
Eu cumprimentando conhecidos
E vizinhos
Parando um instantinho
Pra conversar de futebol

Em casa depois
Eu afagando nosso cão
No quintal
Pegando mais um pouquinho de Sol
Um cão misturado
Meio de raça
Meio vira-lata

E fui então fazer a barba...

Retirando-me a seguir
Ao nosso quarto
Achando-me bonito
Achando-me o tal

Logo mais é a vez do Meu Amor...
Depois do almoço
E da sesta curtindo aquela moleza
Nos dias de sábado como hoje
Ela sempre vai ao salão de beleza
E faz compras nos shoppings
De roupas e acessórios

Depois experimenta tudo no quarto
Olhando-se no espelho
Julgando-se uma princesa...

E eu assino embaixo!

Fim de tarde
Damos umas voltas pela cidade
Bebemos umas cervejas

No meio da noite
Depois de toda aquela produção
De horas e horas
Saímos novamente
Vamos a algum restaurante
Bem seleto e elegante
Com música ao vivo
E pista dançante

Voltando pra casa

Já pelas três e meia da madrugada
Ah...
Vamos dormir juntinhos
Sem pregar os olhos
Até o nascer do Sol...

Esse é um dia de sábado
Habitual
Em nossas vidas
Sem nenhum programa
Mais sofisticado
Fora do script

E agora
Iniciando a tarde
Quase uma hora
Estou aqui
Em nosso quarto
Ouvindo músicas baixinho,
Escrevendo essa poesia
E sentindo
O cheiro da comidinha
Do Meu Amor
Que ela prepara lá na cozinha
Só pra mim
Só pra nós dois

Ah! Que delícia!
Que fome me dá!
Comidinha igual a do Meu Amor
Melhor não há!




Rob Azevedo








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