segunda-feira, 22 de setembro de 2008

De Ponta à Cabeça




De Ponta à Cabeça




O Amor quando é forte
Revira
A gente
De ponta à cabeça

Nos faz de fantoche
Nos leva de volta
Ao viver adolescente

Pinta e borda
Transborda, entorna
Nos faz
De gato e sapato

O Amor quando é forte
É louca paixão
Se perde a razão
Andamos sem ter
Os pés no chão

É um sim e um não
Não conseguirmos escapar
Daquele desejo de amar

É brigar
E perdoar
Brigando adorar
E se arrepender depois

É uma tremenda confusão
Rimar tudo o que é contradição
Encontrar o perfeito par
Em Eduardo e Mônica

É um delírio no ar
Uma nau no mar
Naufragando
Pra tudo o que foi então
A tábua de salvação
O outro coração

É um negar
E à noite quando se deitar
Chorar e sonhar
Com aquela outra pessoa
Que só queremos amar

É um orgulho violentado
Por tanto Amor
E falta de pudor
Quando o muro é derrubado

As vestes se rasgam
Com fúria e vontade
Devassidão e loucura
De tudo se despem
Dois corpos
Se deitam
E se encaixam

Se arranham
Se apertam
Em delírio se amam
Gemem, suspiram
Sussurram e juram
Confessam
E Amor comungam

Toda contradição
Se encaixa então
Rimando
Sim e não



Rob Azevedo







Nenhum comentário: