domingo, 28 de setembro de 2008
Menino Arteiro
Menino Arteiro
Tu pensavas que eu brincava
Com teus sentimentos
E nada mais
Eu também pensava
E a mim mesmo jurava
Que somente brincava
E nada mais
Tudo tão mal!
Tão errado!
Coração não é brinquedo
Funda é a dor do lamento
De quem pra alguém
Foi só divertimento
Deus puniu
O menino travesso
Que ateava fogo
E saia correndo
Agora me olhando no espelho
Nem eu me compreendo
Porque é a ti que eu vejo...
Como mulher
Minha
Mulher...
Eu pensava que brincava
Já não penso mais
Dei mil passos a frente
E cresci de repente
Sou homem grande
Já não juro mais
Pelas artes que eu fazia
Nem durmo em paz
Desejando o que fora
Meu doce brinquedo
O bonequinho de pano
Virou mulher...
Meu coração arteiro
Caiu na própria cilada
Do menino brejeiro...
Ah! Que Amor traiçoeiro!
Agora sou eu
Envolto em nevoeiro
Homem-menino
Indefeso-perdido
Já não penso mais
Que brinco
Porque aqui dentro
Sei o que sinto...
Mas e agora, o que faço?
Tu continuas pensando
Que sou aquele
Menino travesso
Nem adianta
Não me olhas
Como um homem
Assim como meus olhos
Te vêem como mulher...
Minha mulher...
Ah! Que crueldade!
Ou Justiça Divina
Sei lá o quê!?
Quem brincou demais
Já não é acreditado
E se queimou
No fogo
Que ateou
Agora que amargure
A própria dor
Da descrença no Amor
Rob Azevedo
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