___ Balada para os Elefantes ___
Incomodo os elefantes
Ruminantes
No pátio dos dementes
Da Rua Marquês de Abrantes
Tão invejosos!
Suas invejas
Os enlouqueceram
E morreram vivos
Cobiçando meus versos
Os mais belos
Ao invés de cuidarem de suas vidas
Lastimosas
Passaram seus dias
Tentando secar as rosas
Do meu jardim
Que floresceu
Ainda mais
Lindo
Tão divino
Quanto o céu
Dão voltas e mais voltas sem fim
Em torno da amendoeira que há
No pátio dos dementes
Da Rua Marquês de Abrantes
Esbravejando pragas
Lamuriando-se de suas mediocridades amargas
Não aprenderam os elefantes ruminantes
A baterem palmas...
Eu
Dessa lição passei
Faz tempo
Agora as ouço
Aclamando-me
Efusivamente...
E meu jardim
Floresce
A cada dia mais e mais
Por tanta gente
Intrometida e invejosa
Cuidar dele
Ao invés
De seus próprios canteiros
Definhando sob o revés
Da miserabilidade do espírito
Rob Azevedo
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