quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Amor entre Dois Paranormais
Amor entre Dois Paranormais
Não me encha os ouvidos
Com suas histórias
De conversas com os espíritos
Não dê explicações
Metafísicas pra questões
Tão óbvias assim
Como o Amor em conflito
Entre dois seres opostos
Não me venha com razões
Acadêmicas pra dois corações
De poetas sonhadores
Nem tudo são flores
Sou Amor e horror
Me aceite como sou
Não dê as costas para o mundo
Dizendo que sou possuído
Por espíritos imundos
Eles são meus amigos
Tanto os bons quanto os maus
Meus desejos platônicos
Não causam mal a ninguém
Além de coisas tão pequenas
E dum Amor que não se pode ter
Se te causa sofrer
Não me peça pra morrer
Em seu viver
Ou a saudade vai doer
Que tenha dores de cabeça
E delírios me enlouqueça
Não deixarei de pensar em ti
Melhor se arrepender
Por coisas tão pequenas
Do que se condoer
Pelo bem tão grande que partiu
Porque não foi visto
Entre o mal deveras menor
Que a ele se misturava
Se ainda assim te causo dor
Não me peça pra renegar o Amor
Platônico, que seja
Porque é a flor
Que se abre devagar
No jardim que está
Para se tornar realidade
Rob Azevedo
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