domingo, 17 de agosto de 2008

Confissão




Confissão




Não!
Esse não é mais um poema de amor
Entre tantos
Fujo da desculpa
De que tudo é eu lírico
Devaneio de poeta...

Entenda minhas palavras
Como uma confissão direta
De alguém apaixonado

Uma ou outra metáfora
Sempre existirá
Rimas e cuidados
Com a escrita
Dando ares
De literatura
Mas não é
Senão uma confissão
De alguém apaixonado
Abrindo o coração

Prato farto
Para a imaginação de tantos
Que se perguntam:

- Será verdade?

Meus versos
São verdadeiros
Afirmo e não minto
São vindos
Do mais profundo
Amor que sinto

Não se contentam e perguntam:

- A qual dama
É dedicada
Tão ardente chama
De paixão e encanto?


Àquela
Que meus olhos enxergam
Como a flor mais bela
Dentre açucenas
Rosas e camélias...

Àquela
Que nenhuma aquarela
Reproduz seus matizes
Inigualáveis
Contemplados
Pela benevolência do Sol
E transcendência das pedras
Preciosas

Suas longas madeixas
São delicados fios dourados
Pelo arrebol
Colorindo manhãs felizes
Em tons purpúreos

Seus olhos
São dois rubis
De valor sem igual

Sua boca
É oásis
A mim, sedento
Fonte
Da qual bebo
Diante
Qualquer outra
É veneno

Seu corpo
Meu templo
Sacratíssimo
Aonde adentro
De espírito
Limpo

Sua alma
A pureza que canto
Banhado em pranto

Seu nome
Traz em si
A perfeita rima
A quem se confessa
E pensam:

- Escreve poesia!

Não!
É tão somente
Uma confissão direta
De amor
Amor
Amor
Amor e mais amor
Por Olívia...



Rob Azevedo








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