quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Carta aos Hipócritas




Carta aos Hipócritas



Deixa as coisas assentarem
A poeira baixar
O tempo mostrar
Quem somos de fato
Na verdade invejados
Porque damos Ibope

Se escabelam os loucos
Abandonados
Despontando
Para o anonimato

Blasfemam
Caluniam
Proliferando intrigas
Se dizendo cordeiros
Quando são víboras

O belo eu canto
Sou amante da perfeição estética
Não do lixo
Aonde vivem os ratos

Se os louros da fama
Me brindam
Reclamam os porcos
No escuro da sarjeta

Oh feiúra que abomina minha alma!
Encontre tua lápide lá fora
E deixe que eu viva
Porque nasci
Para brilhar
Ser estrela

E tu que me olhas de lado
Cochichando pelos cantos
Resmungando?

Nunca foste Cinderela
Já nasceste abóbora!

Abracadabra
Morre logo e vai embora
Encontrando tua lápide lá fora
No jazigo do esquecimento
E que eu viva feliz
Gozando meu talento
E as bênçãos
Que Deus me deu



Rob Azevedo








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