sábado, 23 de agosto de 2008

Chá de Boldo




Chá de Boldo



O passo torto
Na calçada escura
O mundo à penumbra
Sopra o vento uivando
Ao longe, cães ladrando

Fria madrugada, embriagada
Seguindo a estrada
Ruídos
De pegadas

Aonde vais?
Ó alma atormentada?

Nos becos
Ecoam
Seus ais

O corvo te espreita
Do telhado da igreja...

Tu caminhas sem destino
E se depara
Com a encruzilhada...

Aonde vais?
Volta pra casa?

Ah! Na embriagues dos sentidos
Esqueceste...
Já não tens morada!

E agora
Ó alma penada?
Nem a encruzilhada
Aonde a duvida paira
Te agonia
Qualquer caminho
Te leva ao nada

Já não tens escolha
Perdeste a morada
Só te resta
O chá de boldo
Que te cure
A ressaca



Rob Azevedo







Nenhum comentário: