quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Tordesilhas
Tordesilhas
Singrando mares
Vem a fragata
Sobre ondulantes ondas espumantes
Velas abertas
Ao vento
Cruzando horizontes
À bordo, o poeta
Vem cantante
Na proa, guiando o leme
O arrebol da aurora
Reluz distante
Na ilha
De Bora-Bora
Um beijo flamejante
Do Sol dourado
No oásis
Do Amor sem pecado
Golfinhos em bando
No mar seguem brincando
Descortinando o quadro
Encharcado
De maresia
Constelações
De Estrelas-do-Oceano
Cintilam no manto
Que reveste o corpo
Do deus Netuno
A vida vou levando
De porto em porto
Sou marujo
Cavaleiro
Dos cavalos-marinhos
Tenho minha casa
No abrigo
Dum caramujo
Em companhia
Dos escafandristas
À vinte mil léguas
Submarinas
Procuro tesouros
De galeões naufragados
Em batalha...
Ânforas da Grécia
Porcelana chinesa
Dobrões de ouro
Das terras
Da Andaluzia
Canto histórias
Dos verdes mares
E verdes olhos
Azuis
Castanhos
Negros
Que em tantos reinos
De amores e devaneios
Sem permeio
Nem salva-vidas
Afoguei-me
Canto
Meu destino
Sem dona nem ninho
De encontro
A alguma ilha
Além
De Tordesilhas
Rob Azevedo
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