sábado, 25 de agosto de 2007

Ritual Sagrado - O Banho De Duas Estrelas Ascendentes –




Ritual Sagrado
- O Banho
De Duas Estrelas Ascendentes –


-> Trilha sonora


Tênue claridade
Azul Topázio
Violeta
Espelhos
Vitrais
Frio mármore
Samambaias
Orquídeas
Jardins suspensos
Cascatas
Incensos
Azulejos
Florais
Antiguidade clássica
Grego-romana
Mantos que caem
No mármore
Despindo
Dois corpos
Apolo e Vênus
Deus e deusa
Nus, refletidos
Em espelhos e águas
Ondulantes, cálidas
Tão logo imersos
Sob vapores e aromas
Celestes perfumes
Brancas espumas

Mãos macias
Deslizam na pele despida
Arrepiam-se poros
Percorrem dedos
Por todo corpo
Derramam, espalham
Cremes e óleos
Desvendam santuários
Massageiam, param...

Frescor, fragrância
Suavidade das manhãs
Na reentrância do poço
Bebem o orvalho
Dedos delicados
Derretem aço
Em torvelinhos desejos
Fervilham no corpo
Eriçam pêlos

Mãos suaves delicadas massageiam e param...
Se perdem no plexo
Depilando cuidadosas
O bosque ermo
Vibrante o anelo
Regressa ao útero

Meu corpo, minhas mãos
Em seu corpo
Meu corpo, minhas mãos
Em seu sexo
Em rimas e versos
Fora e dentro

Suas mãos, em meu corpo
Seu corpo entreaberto
Em busca do nexo
Meu corpo sobre
Seu corpo sob
Em frente e verso

Arrepios e suspiros
No desaguar do rio
Em mar profundo

Meu eu
Ao eu feminino se funde
Em parte de mim
No íntimo amado
Tornando-se gotas
No oceano

Na doação completa
A paz inunda
Duas almas
Transformadas em uma

Corpos descansam
Um no colo d`outro
Mãos deslizam
Em desfeitas tranças

Bocas murmuram
Canções de Amor
Lábios se encaixam
Línguas de entrelaçam

Cabeças giram
A língua não pensa
Pressente:

A vastidão do corpo é imensa
A libido que açoita tão grande
A vontade que tenho infinda
A distância que separa pequena...


A dois palmos

Da eternidade...



Perdemos o senso
Que o prazer censura...

Lábios e línguas
Se permitem
Ir além
Do que é finito
No desejo que tortura
Em Noites com Sol brilha
Liberto e anelante grita:

Tudo é permitido!

Imerso no infinito
O Sol na noite cintila
Vaga pelas luas
Cheias
Dos seios de quem se ama

Se põe entre montanhas
Minha boca, minha língua
Em seu corpo
Minha boca, minha língua
Em seu sexo
Sorvendo nas entranhas
Rimas e versos
Fora e dentro
Prazer perplexo

Língua que se perde em andanças
Na vastidão do corpo sorve o gozo
De quem se consente ao direito
À bem–aventurança
No Amor Perfeito

No Eterno Retorno
O regressus ad uterum
Santuário Sagrado Soberbo
Aconchego do lar
Origem de tudo
Onde em suspiros de saciado instinto
Paixão e devaneio
Em ritmo ondulante no íntimo consentido
Aprendo o segredo
Do Sol que refulge no escuro
Arrebatando-nos feito estrelas ascendentes
À imensidão
Da Via Láctea




Rob Azevedo & Karla Julia




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Um comentário:

Unknown disse...

lindo ROb...

parabéns pelo seu talento!!!

vc é showw!!!

love UUUUUUU!!!!!!

bjUU!!