sábado, 18 de agosto de 2007

Poesia, Amor e Arte





Poesia, Amor e Arte

-> Trilha sonora


Meus poemas
Não me deram
Sequer um dollar furado

Às vezes me pergunto:

Escrever poesia dá dinheiro?

Ser poeta é profissão?

Que amargurado devaneio
Aflige meu coração...

De qualquer modo
Escrevo
Comendo o farelo
Do pão
Que o diabo amassou

Escrevo porque preciso
Dinheiro eu mendigo
Na porta da igreja
Vendo incenso
Numa tenda hippie

Minhas vestes
Que sejam retalhos
Costurados
Por minha mãe

Alimento
Pesco num rio
E nalgum pomar tenho
Frutos da estação

No quintal
Da minha casa
Herança do meu pai
Eu crio galinhas
E cultivo hortas

Dinheiro
Eu me viro
Não importa
Se não tenho status
De burguês empedernido

Estou vivo!

Mas sentimento
Do meu profundo íntimo
Não renego
Se não digo
Definho
Agonizo
E faleço
Morte invisível

Porque a alma
Ninguém vê
Nem sabe
Se adoece
Quando morre
Sequer tem enterro

Alma morre?

Ah, que se espantem
Os teóricos teólogos
Filósofos
Do além

Eu
Que não pagarei
Pra ver
Minh`alma morrer
De fome
Sem escrever em versos
O reverso
Do pão e água
Que carece meu corpo

Porque o alimento da minh`alma

É Poesia
Amor
E Arte



Rob Azevedo







2 comentários:

Unknown disse...

Robinho, q linda esta poesia!
Agora, sei o porque q estava querendo ser " garoto de programa ", hahahahha!!!!!
Meu lindo, quem nasceu com um dom como o seu, desvendador de sentimentos da alma, não pode seguir outra profissão, o espelho da alma te entregará! Beijos poéticos na alma!!!!

Anônimo disse...

Olá amado Poeta Rob

Estou aqui lendo seus poemas...
E como sou tua fã, estou amando.
Finalmente consegui tirar esta semana para visitar você diariamente e ler tudo.

Amei seus questionamentos sobre a vida de poeta e amei ainda mais o respeito que você tem pelo seu talento.
FICA NOS DEVENDO O LIVRO ...

Um beijo carinhoso
da amiga megg