quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Consumado Enleio




Consumado Enleio

(Com eu lírico feminino)



Arremate-me amor
e me mate de amor
sem pudor
rapte-me e me cale
saciando a vontade
do cair da tarde
ao nascer do Sol
desalinha o lençol
perca-se em meu corpo
naufragando no poço
sem fôlego
vadie pelas Luas
cheias do busto
que é teu
beija meu dorso
penetrando minha alma
domando-me nas rédeas
de minhas madeixas
cavalgando valente
em busca do gozo
abocanha meu pescoço
passeia a língua
da nuca ao colo
descendo ao umbigo
redemoinho à caminho
do paraíso
que é teu consentido
por livre e espontânea
paixão
afogue-se
entre um par de coxas
teu parque
de diversão
beijando o cálice
da minha flor cor de vinho
com devoção
meu sexo rendido
desflorado no leito
abre-se para ti
em pétalas
de Amor-Perfeito
consumado enleio

inteiro prazer
que te consagra
meu homem
eu
tua mulher



Rob Azevedo










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