terça-feira, 22 de julho de 2008

Dama da Noite




Dama da Noite



Ó Dama da Noite
Vem derramar em minha boca
O bálsamo da tua doçura
Vem, me beija, me incendeia
Por Deus seja feita
A alquimia!
Desata o laço
Das madeixas
Despe tuas vestes
De princesa
Em nosso leito se deita
Entrega o corpo casto
Ao teu nobre bardo

Por ti cantarei
Enquanto sinos badalam
Por ti morrerei
Jazendo em gotas de orvalho
No teu íntimo amado

Ó, sonho um sonho não sonhado
Tu dormes ao meu lado
Reinando
Em meu coração
Libertado

Se a ti
Coube a mim
Fazer-te mulher
Ser o primeiro
A desvendar
Teu segredo
Entrego-te
As chaves
Do meu reino

Tua fronte adornarei
Não por ouro
Nem quimeras
Mas por heras

Lá no alto
Aonde brilha
A prateada esfera
Erguerei
Nosso castelo
Cravejado
De pérolas

Símbolo ao eterno etéreo
Imaculado
Canto de um ébrio
Alvejado
Pelo Amor
Sem pecado



Rob Azevedo








Um comentário:

Ana Matias disse...

Oi querido!! Depois de receber tuas poesias pelo orkut não resisti e tive que visitar o teu blog, muito bom!! Adorei teus poemas!
Abraço!