terça-feira, 22 de julho de 2008

Camelot




Camelot



Acende lá no fundo da alma
O archote
São as luzes
De Camelot
Na colina imponente
Em rosa brilhante
O Joyous Garde
Ao cair da tarde

Avante carruagem!
Sigamos viagem
Ao reino de Arthur
E seus cavaleiros
Estandartes de coragem
Na Round Table
Da igualdade

Da pedra
Tiraste água
Tornando-te rei
Erguendo a espada
De Excalibur

Ó Arthur
Tu és o escolhido
De Merlin
E abençoado
Pela Dama do Lago

Toda Bretanha
Enfim unida
Nas mãos merecidas
De um rei ungido
Pelo saber divino

É tempo
De uma nova ordem
Instaurada
Pela nobreza
Do teu caráter

Rangendo carruagens
Cruzamos o bosque
Arautos do reino
Saúdam à Guinevere
Ressoando trombetas

A eleita
A coroar-se rainha
De Camelot

Ah! Tudo tão perfeito
Não fosse o Amor
Articulado
Nos bastidores
Do reino
Em nome
Da dinastia

Pelo erro
Caem em chamas
Tua dama
E teu mais fiel
Guerreiro...

Ó Arthur!
Do coração não se escolhe
Dono, nem dona
Amanhece
Feito Sol no horizonte
Abre-se
Como um botão de rosa

Vem vindo a carruagem
Rangendo
Os cavalos relinchando
Trazendo
Lady Guinevere

O céu se nubla
Detrás das colinas
Sombrias
Troveja
Voam em círculos
Aves de rapina
Cintila
Sob a luz tênue do Pôr-do-Sol
O aço da adaga
Que atraiçoa

A serpente
Mira fixa
A maçã da ruína

A utopia
Foi derribada
Pelo que arde
Dentro da carne

Ó Arthur
Lendário rei da Bretanha
Eram grandes demais
Teus ideais
O dragão da cobiça
Rugiu
A mesa redonda se partiu
O reino ruiu
Teus cavaleiros
Mataram-se todos
Tornando-se carniça
Manjar de abutres
Famintos por poder
Ouro e prata

Ah! Nem ruínas
Do teu castelo
E cidadela
Restam...

Ao menos
Sobrevive a lenda:

King Arthur and the Knights of the Round Table

Vencendo o tempo
No cruzar dos séculos
Que se sucedem

Ó cavaleiros
Descansem em paz
No além
Envoltos em brumas
De Avalon


Rob Azevedo








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