sábado, 14 de junho de 2008
Conjecturas Poéticas
Conjecturas Poéticas
Todas as cartas de amor são ridículas
Disse Pessoa...
Ai de mim!
Que vivo a escrever
Cartas de amor sem fim
À Maria,
Antônia,
Joaquina...
A todas
E a ninguém...
A este pobre poeta
Tal devaneio
Convém
O Amor é a tinta
Da minha pena
A folha branca, a linha
O berço do poema
O dedico a quem?
A alguma senhora nobre e distinta
De certo...
Mas por que lhe escrevo?
Por que a amo?
Ou tão somente
Há de haver algum pretexto
E me engano?
Pessoa reescrevo:
Todas as conjecturas dos poetas
São ridículas.
Rob Azevedo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário