terça-feira, 27 de maio de 2008

Brancas Noites




Brancas Noites



Luz que brilha na noite
Doce como o mel do Éden
Transbordando nos cântaros
O bálsamo dos anjos

É tão bem que te quero
De um Amor tão puro
Que por ti eu rego
Todas as flores
Dos jardins suspensos
Da Babilônia

Para que passes
Na alameda feliz
Emoldurada por encantos
Divinais de pétalas se abrindo
Nas sete cores
Do arco-íris
E eu aqui, humilde
Te veja sorrindo

É tão bem que te quero...
Que te quero além
Da vida que Deus me deu
Te quero no tempo
Da eternidade
Te quero de um Amor
Imortal

Diante aquela
A quem eu canto
Nenhuma dama
De conto de fadas
É mais cândida
Ou bela

De nenhuma aquarela
Se pinta suas cores
De olhos de Rubi
E madeixas de Cobre

Diante o Amor
Que sinto por ela
A vastidão do oceano é pequena
A duração da vida efêmera
As estrelas do céu são poucas

Um só poema
Não conta
O que minha alma toma
E eu canto
Porque amo

Não é a sina de todos os poetas?

Amar...

De um Amor tão grande
Que transpira na pele
Na folha nua escorre
E se transforma em versos

É feito pérola na concha
Que nasce da ferida...

Em mim
É meu coração que sangra
Cicatrizando
Em poesia

É noite que vira dia
Distância agonia
Sua boca itinerário
Dos meus lábios

Meu coração naufrago
Abandona a nau das ilusões
Atravessa mil mares a nado
Em busca do porto seguro
Nalguma enseada
Do seu corpo

Receba-me como te escrevo
Em cada um dos meus versos
Seja do meu espírito o enlevo
Que comigo te levo
Galopando num cavalo alado
Ao sonho que declamo
Rasgando o peito
Amor por ti perfeito

Em brancas noites
Vou seguindo meu caminho
E tudo o que vejo
É uma estrada
Que me conduz
Ao seu beijo

Além
Refletidos nos seus olhos
Crisântemos
Lírios
Girassóis...

Os filhos
Que ainda não tive



Rob Azevedo






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