domingo, 17 de junho de 2007
O Poeta, as Estrelas e o Amor
O Poeta, as Estrelas e o Amor
Do Amor entendo
E de contar estrelas
No breu da noite
Mas compreendo
As duas coisas
São impossíveis:
O Amor entender
E todas estrelas contar
Do negro manto celeste
São infindas
Só as mãos do Criador
Pôde tantas – incontáveis
Dispersar no infinito
Não, não se pode contá-las
Nem o Amor compreender
As duas coisas
São análogas
Mas Deus
Que a existência criou
Fez a mim poeta
Contador de estrelas
E entendedor do Amor
Ainda que não se possa
É a sina dos sonhadores
Ousar o que não se pode:
Medir o infinito
E doutorar-se no Amor
Não importa
Algo de bom me resta:
Se pulando do chão
Esticando a mão
Não posso alcançar a estrela Dalva
Ao menos – almejando o sonho mais distante
Vencendo a força que nos prende ao Não
Ninguém de qualquer parte
Escreverá versos
Tão repletos
Da luz das estrelas
Rob Azevedo
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