domingo, 17 de junho de 2007
O Oratório de São Bento
O Oratório de São Bento
Tons dourados na madeira entalhada
Formas perfeitas, por mãos delicadas
Como dobrões de ouro encontrados
Em galeões espanhóis naufragados
Dons de anjo que transcende o mundano
Cinzelam relevos no abrigo de um santo
Em luz e sombra o opaco pincela
Na penumbra da cela o monge reza
Mãos em prece rogam tementes a Deus
Percorrem o terço da aquarela à capela
Ascendem arrebatadas aos céus
Pecador, errante, no mundo peregrino
Ouço o canto da harpa e címbalo
De mãos que tocam além, no infinito.
Rob Azevedo
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