segunda-feira, 18 de junho de 2007
ABSINTO
ABSINTO
Se o Amor é abraçar o nada
Poesia lançada ao vento
Noite insone e sofrimento
Por que promete tanto
Abrindo a ferida
Expondo minh`alma?
Hesitante mas atrevido
Estiquei a mão e peguei
Verde-pálida garrafa
Na prateleira mais alta
Do Bar Desilusão
Agucei os olhos
Li no rótulo
Em forma de Poesia:
CONTENTAMENTO
Segurei pelo gargalo
Bebi num só gole
Desceu queimando
Quando vi
Era TORMENTO!
Eu caído na sarjeta
Cambaleante
Entorpecido de venenos
Que só os amores podem
Embriagar tanto
Bêbado, parecia uma porca
Meu orgulho perdido
Onde todos pisam
Feito cão sem dono
Revirando lixo
Vadio, faminto
Farejando pedaços
De ossos em frangalhos...
Eram meus sentimentos
E lascas de carne
Meu coração partido
Mirando a Lua Cheia
Num último alento me reergui
Não fui cão
Uivei feito lobo!
Fui instinto e cio
Desejei, amei...
Vedes: Fui até poeta!
Compus sonetos
Poesias de amor...
Fui menino e palhaço
Sendo alegre, triste
Provando no prazer
Lágrima e dor
Fui tantos...
Fui aquele que se afogou
Sem fôlego nadando
Nos verdes mares
Dos olhos teus
Rob Azevedo
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